O cenário da política nacional continua fervendo em relação a um tema crucial para todos os brasileiros: a previdência social. Diante das discussões de uma possível reforma nessa área, tanto idosos quanto jovens e adultos de meia idade buscam formas de conseguir equilibrar sua renda diante das mudanças nesse setor. Uma das possibilidades mais recentes e que ainda estão em discussão é o surgimento da hipoteca reversa, focada principalmente nos idosos. Ainda não legalizada oficialmente, caso seja aprovada, poderá ser uma verdadeira transformação no setor de imóveis. Vamos explicar para você o que é a hipoteca reversa, como ela funciona e quais as vantagens e desvantagens dela, caso seja legalizada. Tire suas dúvidas sobre esse tema. Boa leitura!
A hipoteca reversa é uma possibilidade interessante proposta pelo Governo Federal, com o objetivo de melhorar, principalmente, a qualidade de vida dos idosos. Ela visa viabilizar a possibilidade de uma renda vitalícia para pessoas que tenham um imóvel em seu nome.Sua ideia é proporcionar uma quantia para esse nicho, enquanto o imóvel pertencente a ele é utilizado como garantia. Sendo assim, o valor pago mensalmente pode servir como um complemento de renda, aumentando a aposentadoria, por exemplo.Isso pode ser uma alternativa interessante para aquelas pessoas que têm um imóvel parado, ou seja, que não está gerando renda nem deixando dinheiro em sua mão. Nas condições atuais do mercado, é difícil conseguir gerar a venda do imóvel para que possa ser utilizado como complemento de renda pela pessoa.
Essencialmente funciona da seguinte forma: o idoso solicita a hipoteca reversa na sua instituição financeira de preferência. Ele vai requerer uma espécie de mesada mensal que será paga para ele pelo resto da vida, feita na modalidade empréstimo. O empréstimo, consequentemente, ficará atrelado ao imóvel. Durante esse período, a pessoa terá o direito de continuar morando no local. É fundamental deixar claro que haverá todas as garantias de que o idoso não seja despejado em vida, para não gerar um problema social. Ele continuará proprietário do imóvel, porém, de forma indireta. Após sua morte, a instituição financeira toma posse do bem (caso assim os herdeiros desejem) e realiza um leilão para vendê-lo. Depois de falecido o dono, a venda do imóvel paga o valor que foi utilizado por ele ao longo desse período. Caso ainda sobre alguma quantia, ela será dedicada para os herdeiros legais do idoso. Também há a possibilidade de que os herdeiros decidam não vender o imóvel. Porém, neste caso, precisarão arcar com o valor da dívida dos seus respectivos bolsos. O cálculo que será pago mês a mês na hipoteca reversa é calculado de acordo com as taxas de juros do empréstimo e incorpora, também, os riscos que são considerados em relação à expectativa de vida do requerente do empréstimo e de possíveis desvalorizações do imóvel. Se os riscos de avaria e o capital da dívida superarem o valor de venda do imóvel, podem ser cobertos por meio de seguros específicos, criados para essa modalidade de hipoteca. Tal modelo já é adotado em outros países, como nos Estados Unidos.
Essa é uma prática cada vez mais implantada em outros países, como também na Austrália e Reino Unido. Isso porque são países cuja expectativa de vida tem aumentado consideravelmente ao longo dos anos e, por isso, há a necessidade de oferecer soluções que possam gerar qualidade de vida e estabilidade financeira para essas pessoas. Em outros países, a proposta coloca um limite de idade mínima para adotar a hipoteca reversa. Já a proposta feita no Brasil, inicialmente, não fixa um marco etário. Os bancos seriam responsáveis por determinar o público-alvo para o produto, de forma livre. Apesar disso, os especialistas em economia e seguros dizem que, muito provavelmente, essa será uma medida que ficará principalmente destinada aos idosos de classe média e média alta, já que as camadas mais populares não possuem um imóvel para dispor. Esse pode ser um mercado interessante no cenário nacional. Isso porque atualmente há 5,7 milhões de imóveis os quais os donos são idosos. Os valores das residências chegam a quase R$ 800 bilhões, o que poderia movimentar a economia consideravelmente.
A hipoteca reversa pode representar um grande benefício para os idosos que não têm realizado um planejamento financeiro adequado ao longo de sua vida. Veja as principais vantagens a seguir:
Porém, há algumas desvantagens no processo de adesão à hipoteca reversa, principalmente para a instituição financeira, que arca com um risco considerável, referente à longevidade do cliente. Esse valor pode ser pago por alguns meses ou, até mesmo, muitos anos. Dessa forma, as instituições precisam considerar esse fator ao começar a aderir a essa modalidade de empréstimo para os idosos. A hipoteca reversa ainda é uma possibilidade que está sendo discutida para ser implementada e autorizada legalmente. Porém, diante do cenário de mudanças na Reforma da Previdência, é bastante possível que os políticos legalizem esse processo, a fim de oferecer opções que tragam mais conforto e qualidade de vida para uma faixa da população que cresce cada vez mais no país. Quer mais informações e dicas interessantes sobre a área de seguridade e finanças? Curta nossa página no Facebook e receba as informações diretamente em seu feed de notícias!
